21.6.11

(Conto): PATY PUTA


Quinta-feira. O ano não importa. É a tarde. O dia não importa. É em um quarto de apartamento de classe baixa, que quase não possui móveis entre eles o mais importante, a cama. Sobre ela, NEGRETE e SÔNIA fodem como em filmes pornô de quinta categoria: sujo, palavrões, suor, enfim, uma trepada muito boa. Ela de quatro sendo enrabada pelo negro de cacete grande. Sônia é uma branca estranha da cor de um leite desnatado. Ela gosta de trepar, claro que ela ensinou todos os macetes de uma foda. Ela ensina para o homem do jeito que ser ser fodida e chupada e ela também fode os homens, acaba com o pinto deles. Adora. Homens são primitivos demais para saberem sozinhos, eles aprendem em algum lugar, ou em filmes pornô ou com as mulheres espertas. Fodem, fodem, fodem. Ela grita. Que se foda-se os vizinhos. Ele deixa a bunda dela cada vez mais vermelha com os tapas que dá. Mais gritos. Mais tapas. Mais socadas do pau grande na boceta quente. Fodem e fodem até que a campainha toca.

- PUTA-QUE-O-PARIU!! – grita Sônia.
- Quem deve ser esse filha da puta? – pergunta Negrete, tirando seu caralho de dentro dela – Vai lá ver quem é.
- Vai você.
- Vai lá. Se livra do idiota e volta pra eu te chupar – fala mostrando a língua para ela.

A campainha continua tocando. Sônia se enrola em uma toalha molhada qualquer e sai.

Ela passa por um corredor estreito que leva ao (micro) banheiro, sala de estar (ridícula), cozinha (mínima) e a porta. Ela olha pelo olho mágico. “Merda”, ela diz alto e abre a porta.

Quem chama é PATRÍCIA, uma gostosinha, metida a Lolita de 16 anos, toda morena com pele macia pronta para ser lambia – e claro que esse é seu desejo – vestindo uma minisaia, apenas a seis dedos de sua xoxota lisa e ávida por algo, uma sandália vagabunda que não custa mais de dez reais, uma blusinha e uma bolsa grande contendo tudo que possui na vida: algumas roupas, mais sandálias e bijuterias.

- Você está brincando comigo, né, Patrícia?
- É só por uns tempos, tia.
- Eu te conheço. Você é como uma bactéria que se instala, prolífera, procria, infecta...
- Eu não vou atrapalhar sua vida... vaca.
- Bem-vinda, sobrinha.

Tia e sobrinha se abraçam. Sônia carrega as malas para dentro. Vão para a sala.

- Você vai ter que dormir na sala, porque só tem um quarto.
- Tudo bem. Pode voltar para o que estava fazendo, tia.
- Você escutou?
- Escutei da rua. O cara é fixo?
- Tô tentando.
- Mora aqui também?
- De vez em quando. Mas por que tanta pergunta?
- Você não vai ter ciúmes de mim perto dele, vai?
- Se você conseguir agüentar a rola que ele tem, querida, deixo o apartamento e o namorado pra você.

Sônia volta para o quarto.

Patrícia deixa as malas sobre o sofá, bebe água na cozinha – os gritos e os tapas recomeçam e aumentam de volume a cada segundo. A ninfeta lava os pratos que parecem estar a dias dentro da pia, só para não ficar tentada a bisbilhotar o quarto. Ver o porque de tanta excitação. Os pratos terminam rápido demais. Patricia vai até o quarto, no caminho pensa em algo melhor, abrir a porta, vê-los transando e quem sabe se juntar a eles. Mas é o primeiro dia que está na casa, ela pode ser expulsa. Que se foda-se.

Patrícia abre a porta e vê Sônia com um pinto de borracha, preso a sua cintura enfiada no cú de Negrete de quatro. A tia pára de gritar e bater na bunda do homem.

Fade Out

Tia e Sobrinha estão conversando dias depois na cozinha enquanto preparam o jantar. Ao fundo se escuta The End – The Doors, vindo do apartamento ao lado.

- Será que este cara NÃO PODE ABAIXAR ESTE RÁDIO?! – reclama Sônia.
- Você não me respondeu, tia.
- Não, Paty, o Negrete não me sustenta.
- Então você dá pra ele de graça?
- É.
- De início eu pensei que ele era seu cafetão.
- Não. Não tenho um cafetão faz tempo. Desde que eu comprei esta merda apartamento.
- Tá a fim de trabalhar comigo?
- Eu não vou deixar você trabalhar na rua, Patrícia. Nem tô a fim de ir dividir 50/50 na zona também.
- Vamos trabalhar aqui neste apartamento – fala Patrícia maliciosamente.
- Não cabe mais de duas pessoas aqui, retardada.
- Mas pode ser a nossa zona.
- Minha zona.
- Só vai ter nós duas, tia.
- Qual o diferencial do nosso serviço?
- Eu. Os caras se enchem de tesão por adolescente. Eu só tenho dezesseis anos e chupo como ninguém. Melhor do que você me ensinou.
- Os caras farão vila pra serem chupados por você?
- Cinqüenta por cento pra cada.
- O apartamento é meu.
- Sessenta, quarenta?
- Setenta, trinta.
- A chupeta é minha.
- Tudo bem. Sessenta, quarenta.

Fusão com:

Dois dias depois vem três caras a cada duas horas. Patrícia faz sucesso. Sua chupeta realmente é diferente. Ela usa a língua, saliva e mãos em movimentos diferenciados. Muitas vezes Patrícia esquenta os homens para que Sônia seja comida. Em resumo: A ZONA DE TIA E SOBRINHA É UM SUCESSO.

Como dizem, alegria de puta dura meia hora quando o cara é bom, Negreti não demora a descobrir que a namorada, a quem ele queria se casar, voltou a ser puta. Ele a sustentava para que não voltasse ao antigo trabalho. Seus amigos todos a comeram e tiram o barato de sua cara dizendo: “Casa com ela que eu recomendo. O cu dela é maravilhoso”. Negrete pega sua .45 e vai ao apartamento. Chegando, a porta está trancada, ele a chuta com violência exagerada que a porta cai por completo, lá dentro está uns 15 caras, todos com o pau para fora e sendo chupados por Patrícia.

- NÃO QUERO VER NENHUM FILHA DA PUTA NA MINHA FRENTE! – grita com uma voz de trovão Negrete.

Nunca 15 homens sumiram tão rápido de um lugar.

- Cadê a arrombada da tua tia?
- No quarto – diz Patrícia tremendo.

Ele chega ao quarto. Sônia está transando com dois caras. Um comendo a boceta e o outro sujando o pau no cu, sim, uma D.P.

Negrete atira nas costas do cara que come o cu de Sônia. Ela pula para o chão. Ele atira no peito do outro homem. Negrete 2, Homens que estavam fodendo com Sônia, 0. Ele aponta a arma para a cabeça da mulher. Ela não derruba uma lágrima, não tem medo. Ele põe seu enorme cacete para fora e diz:

- Você vai me chupa até teu maxilar ficar duro e depois eu vou te foder com tanta força até deixar a tua xoxota esfolada. Aí sim eu estouro a tua cabeça com isso – e mostra a arma.

Negrete aponta seu míssil direto para a boca da puta prestes a morrer. Então, surge Patrícia, Paty, a Lolita com uma faca enorme nas mãos e com um único golpe decepa o grande caralho do negro. Ela tenta agarrar a arma mas ele atira na cara de Sônia. Sem querer. Ele fica gritando no chão. Patrícia tenta ajudar a tia mas ela não tem mais rosto. A jovem pega a .45 do chão e aponta para o filho da puta. Ele está desmaiando, ofegante. Ela pega o caralho do chão envolto em sangue, dá um beijo de despedida e o joga pela janela. O cara vai ter que passar o resto da vida miserável sem a coisa que ele mais apreciava.

Patrícia tem que sumir com os quatro corpos, já que a polícia nunca vai chegar lá. Limpar o sangue. E voltar ao trabalho. Agora dona do seu próprio empreendimento.

(Gilberto Caetano)
 

Um comentário:

  1. Você não existe! Você escreve muito muito muito bem, com velocidade, verve, cheio de humor, nonsense, e sem pudor. O mais incrível é que faz tudo isso em contos pornográficos, que constuman ser muito esquemáticos. Essas frases aí de baixo ficaram reverberando na minha cabeça:

    Homens são primitivos demais para saberem sozinhos, eles aprendem em algum lugar, ou em filmes pornôs ou com as mulheres espertas.

    - Eu te conheço. Você é como uma bactéria que se instala, prolífera, procria, infecta...
    - Eu não vou atrapalha sua vida... vaca.

    Negrete 2, Homens que estavam fodendo com Sônia, 0.

    Patrícia tenta ajudar a tia mas ela não tem mais rosto.


    Também adoro seus diálogos!




    Mando abço



    Edu

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